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Inseticidas mais utilizados no controle de Vetores e Pragas Urbanas 1. Introdução 2. Lista de Produtos Domissanitários 3. Inseticidas de origem vegetal 3.1. Piretrina 4. Inseticidas inorgânicos 4.1.Ácido Bórico 4.2.Diatomáceas 5. Grupo químico clorados 6. Grupo químico Organofosforados 6.1.Diclorvos (DDVP) 6.2.Clorpirifós 6.3.Diazinom 6.4.Malation 6.5.Pirimifós Metil 6.6.Temefós 7. Grupo quimico Carbamatos 7.1.Propoxur 7.2.Carbaril 8. Grupo químico Piretróides (Piretrinas Naturais e Piretróides Sintéticos) Piretróides de primeira geração 8.1.Aletrina 8.2.Bioaletrina 8.3.Resmetrina 8.4.Tetrametrina Piretróides de segunda geração 8.5.Permetrina 8.6.Cipermetrina 8.7.Deltametrina 8.8.Lambdacialotrina 9. Grupo químico fumigantes Inseticidas de Terceira geração 10. Inseticidas Biológicos 10.1. Bacillus thuringiensis israelensis (Bti). 10.2. Bacillus sphaericus (Bs) 11. Feromônios Inseticidas de Quarta geração 12. Inibidores de crescimento de insetos (IGR) 12.1.Juvenóides (JHA) ou Neotenina 12.2.Metoprene 12.3.Hidroprene 12.4.Piriproxifen 12.5.Inibidores da síntese de quitina dos insetos 13. Formulações 13.1. Formulações não comerciais 13.1.2. Produtos técnicos ou grau técnico 13.1.3. Padrão analítico 13.1.3. Pó seco concentrado 13.2. Formulações comerciais 13.2.1. Pó seco ( PS ou Dustable Power-DP ) 13.2.2. Pó molhável (PM e Wettable Power WP) 13.2.2.1. Saquinhos Hidrossolúveis 13.2.3. Pó Solúvel (PS) 13.2.4. Granulados ( G ou Granule GR) 13.2.5. Concentrados emulsionáveis, emulsão concentrada ou emulsões e dispersão aquosa. 13.2.6. Microemulsão aquosa (EW) 13.2.7. Soluções microencapsuladas (CS, MICROCAP, ME) 13.2.8. Soluções aquosas (SA) 13.2.9. Soluções concentradas (sc) 13.2.10. Aerossóis 13.2 11. Suspensão líquida 13.2.12. Pastilhas inseticidas 13.2.13. Iscas inseticidas 13.2.14. Gasosos 13.2.15. Pasta 14. Adjuvantes 15. Sinergismo 16. Cuidados ao manusear produtos inseticidas 17. Métodos de aplicação de inseticidas 17.1. Pulverização 17.2. Pincelamento 17.3. Iscagem 17.4. Polvilhamento 17.5. Atomização ou Nebulização 17.6. Termonebulização 17.7. Barreira química 1. Introdução Os inseticidas ocupam lugar de destaque no nosso meio. São muito usados na agricultura, na pecuária e na saúde pública. É necessário um bom conhecimento dos inseticidas, das maneiras de aplicá-los, das pragas que poderão ser combatidas, da toxidade, das formulações e dos meios de prevenção à poluição de alimentos e de água. Os inseticidas podem ser caracterizados cronologicamente, segundo o seu aparecimento e desenvolvimento. Inseticidas de Primeira geração Inorgânicos Enxofre, Arsênico, Fluoreto e ácido bórico Orgânicos vegetais Nicotina, Piretrinas naturais, Rotenona Orgânicos minerais Óleos minerais Inseticidas de Segunda geração Orgânicos Sintéticos Clorados DDT, Aldrino, Dodecacloro, BHC Fosforados: ( não sintéticos ) Diazinon, Dichorvos,DDPV Carbamatos: ( não Sistêmicos ) Propoxur, Bendiocarb etc. Piretróides Deltametrina, Permetrina. Cypermetrina,Cyfluthrin etc Inseticidas de Terceira geração Biológicos Fungos, Bactérias e Vírus Fermônios Goosyplure, Grandlure e muscanone Inseticidas de Quarta geração Hormônios e inibidores de crescimento Diflubenzuron, Methoprene, Ciromazina, Hydroprene e Juvabiona Inseticidas de Quinta geração Antihormônios Vegetal – Precocenos e Microrganismos Lactonas ( Avermectin) Quase todos os inseticidas de primeira geração já não mais usados, dentre as exceções, temos o enxofre e o ácido bórico. Os de segunda geração são ainda os mais usados. Os clorados foram proibidos, devido a seu elevado efeito residuais no, ambiente. Os demais são largamente empregados, com poucos casos de restrições. Dentre os inseticidas de Terceira geração, existem algumas formulações microbianas. Os feromônios são os mais específicos, apesar de não serem classificados como inseticidas. Os inseticidas de Quarta geração, como os juvenóides, atuam no processo de formação da cutícula do inseto (quitina), inibindo o seu crescimento. Por fim, os inseticidas de Quinta geração estão em processo de desenvolvimento na sua maior parte. 2. Lista de Produtos Domissanitários PRINCÍPIO ATIVO NOME COMERCIAL PRAGA PRINCIPAL AZAMETHIFÓS Vetor ,Moscafim Plus moscas, moscas e baratas ALFACIPERMETRINA Alfacipermetrina fersol 50 sc Baratas, moscas e mosquitos BENDIOCARBE Ficam VC Escorpiões, mosquitos, pulgas, formigas, moscas, e percevejos BENZOILURÉIA Recruit AG; Recruit II BETA-CIFLUTRINA Responsar SC 1,25 Formigas, traças precevejos CIFLUTRINA Solfac CE 5 % Aranhas, pulgas, formigas, escorpiões CIPERMETRINA Cipermetrina 200CE, Cipermetrina 300 CE Cipermetrina 40 PM, Cyperchem 250 BR, Cymperator 25 CE Baratas, moscas e mosquitos; Baratas, moscas, aranhas, formigas e mosquitos; Baratas, formigas, moscas, cupins de madeira seca e cupins subterrâneos. CIROMAZINA Larvadex 10; Neporex 50 SP Moscas CIPERMETRINA E PRALETRINA Cipraletrina 16,25 CE Baratas, moscas e mosquitos CLORPIRIFÓS Clorpirifós fersol 480 CE Baratas, moscas, mosquitos, cupins de solo e cupins de Madeira seca DICLORVOS OU DDVP DDVP Fersol 1000 CE Baratas, moscas e mosquitos DELTAMETRINA K- Othirine SC 25; K-Othirine CE 25; K-Othirine Pó; K-Othirine 2P; Deltametrina fersol 25 CE; Deltagard WG 250 Insetos rasteiros e voadores; Traças, aranhas, mosquitos, baratas, pulgas, formigas, moscas, cupins de madeira seca e brocas; pulgas e formigas; Pulgas formigas e baratas; insetos de grãos armazenados; Cupins de madeira seca e brocas. HIDRAMETILONA Maxforce gel; Maxforce IC Baratas IMIDACLOPRID Premise SC 200; Quickbayt Cupins de solo LAMBDACIALOTRINA Full;Icon 5 CE;Icon 10 Pm; Demand 10 CS; Lamthrin) Escorpiões, aranhas, mosquitos, baratas, pulgas, formigas e moscas; Carrapaticidas. LARVICIDA BIOLÓGICO Teknar Mosquitos e borrachudos PYRIPROXYFEN Dragon Baratas, moscas, mosquitos e pulgas PIRIMIFÓS-METÍLICO Acetilic 500 CE; Actellicprof 50 CE Caruncho-dos-cereais, traça-dos-cereais; Moscas, baratas, mosquitos e pulgas. PERMETRINA Permetrina Fersol 100 CE; Permetrina Fersol 384 CE Moscas, mosquitos, baratas, cupins de solo e madeira SULFLURAMIDA Antiforce Gel; Blattanex Gel Formigas urbanas, Formigas caseiras THIAMETHOXAM Agita 10 WG; Opitgard LT Moscas de instalações rurais; Cupins subterrâneos e formigas. TRIFLUMURON(IGR) Starycide SC 480 Controle de larvas de moscas e mosquitos, pulgas e baratas TEMEFÓS Temefós fersol 500; Temefós 1 G Larvas de mosquitos 3. Inseticidas de Origem Vegetal São inseticidas derivados de planta. São muito instáveis e voláteis, proporcionando um efeito residual muito curto. Podem causar irritações e reações alérgicas. 3.1. Piretrina A Piretrina é o inseticida de origem vegetal mais utilizado, principalmente no controle de ectoparasitos de pequenos animais com produtos de uso doméstico. As Piretrinas proporcionam um bom efeito knock-down e são normalmente associados com inseticidas de ação mais residual para garantir um efeito mais prolongado 4. Inseticidas Inorgânicos São chamados de inseticidas minerais por serem minerais refinados e formulados como inseticida. Quimicamente eles são separados dos inseticidas de origem vegetal e orgânicos por não conterem átomo de carbono em sua molécula. 4.1. Acido Bórico É utilizado como um inseticida de ação estomacal e com pouca atividade de contato, sendo que apresenta uma ação lenta. Pode ser formulado na forma de pó seco em altas concentrações para o controle de baratas e formigas. Pode ser formulado na forma de iscas para o controle de baratas e formigas-do-faraó. 4.2.Diatomácea É formulado na forma de pó seco, possuindo uma ação inseticida lenta que causa a morte por dissecação do inseto, pelos danos ocasionados na camada de cera que protege a cutícula do inseto. 5. Grupo químico Clorados Por muitos anos os clorados foram usados na saúde pública no combate a vetores de doenças, insetos domésticos e da agricultura. Devido aos efeitos adversos e persistência no meio ambiente, no homem e nos animais, os inseticidas clorados foram proibidos. O DDT foi por muitos anos um dos principais produtos no controle de vetores sendo responsável por dar o nome as empresas de controle de pragas de Dedetizadoras. Devido a sua alta estabilidade química, alta solubilidade na gordura e insolubilidade na água, fazem com que esse composto se acumule nos tecidos de animais e vegetais; com isso, teremos a acumulação do produto na cadeia alimentar. Atualmente novas classes de inseticidas e formulações estão sendo desenvolvidas e substituem os clorados. 6. Grupo químico Organofosforados Fosforados Contem fósforo em sua composição. Foram desenvolvidos como armas químicas de guerra e, desde 1944, vêm sendo os compostos inseticidas mais utilizados em nível mundial, em substituição aos organoclorados. Devido à sua eficiência e relativa baixa toxidade, são largamente utilizados no controle de insetos urbanos. As populações de insetos submetidos à ação destes compostos levam até décadas para demonstrarem resistência. Mecanismos de ação: Interferem no sistema nervoso, através da inibição da colinesterase, que media os impulsos nervosos; são lipossolúveis, e contam com a ação de antídotos, como antropina. Como alguns exemplos de representante do grupo: diazinon,DDVP, clorpirifós, azametifós, temefós etc. Classe toxicológica: As classes toxicológicas dos produtos fosforados são: Dichlorvos II, Chlorpyrifos II e Diazinon II. Cuidados: Causam intoxicação agudas, sendo o grupo de inseticidas que maior número de casos graves registra. Sintomas: Acentuado efeito através de inibição enzimática (colinesterase) Antídoto: São o sulfato de atropina e as oximas Uso: Eles são letais à grande maioria dos insetos não sendo tão persistentes no ambiente quanto os clorados. São tóxicos quando ingeridos oralmente. 6.1. Diclorvos (DDVP) O modo de ação é por contato, ingestão e fumigação. São substâncias muito voláteis e atua principalmente pelos vapores, razão pela qual tem um período residual muito curto. Quanto à toxidade é um dos organofosforados mais tóxicos para mamíferos, mas a substância hidrolisa-se muito rápido no corpo do mamífero. É tóxico para as abelhas. As pragas combatidas são as moscas, mosquitos, pulgas, baratas, piolhos, formigas, traças. É conveniente para o controle de moscas e mosquitos com pouca ventilação. As formulações disponíveis são o concentrado emulsionável. É corrosivo para o ferro e aço, e pode manchar carpetes. Devido sua alta toxidade não possui aprovação para uso concentrado em residências. 6.2. Clorpirifós Quanto ao modo de ação se da por contato, ingestão e fumigação. Possuem poder residual curto devido à volatibilidade, mas pode em algumas situações e dependendo da formulação, ter um poder residual moderado. Compatível com inseticidas ácidos, mas corrosivos para metais, latão e cobre. Possui alto odor e pode ter seu uso limitado em algumas áreas internas. Quanto à toxidade a absorção pela pele é pequena, mas causa leve irritação nos olhos. A toxidade é moderada, sendo tóxico para peixes e crustáceos. As pragas combatidas são baratas, cupins e formigas. As formulações incluem concentrados emulsionável, microencapsulados e iscas para baratas. 6.3. Diazinom O modo de ação se da por contato, ingestão e fumigação. Deve-se evitar que seja misturado a líquido ácido ou neutro, pois o diazinom tem seu poder diminuído. Tem um bom poder knock-down, mas um curto poder residual. Possui uma ação um pouco mais rápida do que o clorpirifós. As aves são muito sensíveis ao inseticida e é moderadamente tóxico para os mamíferos. As pragas combatidas são as moscas adultas e larvas, pulgas e baratas. As formulações incluem concentrados emulsionáveis e microencapsulados. 6.4. Malation O modo de ação ocorre por contato, ingestão, fumigação. Ele decompõe-se sob altas temperaturas e em meio alcalino sofrendo hidrólise. Oferece baixa toxidade aos mamíferos, mas é tóxico para os peixes. São usados como pulverização espacial para o controle de mosquitos da dengue. As formulações incluem concentrados emulsionáveis, pó molhável, pó seco e grau técnico. Pode ser corrosivo a metais, ferro e causar danos a automóveis e manchar carpetes. 6.5. Pirimifós Metil É usado para controle de adultos e larvas de mosquitos, moscas, pulgas, percevejo-de-cama, baratas e pragas de grãos armazenados. o modo de ação se dá por contato e fumigação, bastante eficiente em ambiente fechado, como no controle de pragas de grãos armazenados. Possui baixa toxidade um poder residual curto quando aplicado na água, desaparecendo rapidamente, pode ser usado como larvicida contra mosquitos. As formulações encontradas são concentrados emulsionáveis, pó molhável e pó seco. 6.6.Temefós É usado principalmente como larvicida no controle de mosquitos e borrachudos. É um produto seguro, sendo conveniente para o tratamento de água potável e outras fontes de água; deve-se observar a dosagem correta, não mais que 1mg/litro (1 ppm). Biologicamente a formulação líquida é superior à granular; mas a aparência da água potável tratada não é aceita. É estável em águas com pH de a 5 a 7; ocorre hidrólise em pH menor que 2 e maior que 9, dependendo da temperatura. As formulações encontradas são; concentrado emulsionável e granulado. 7. Inseticidas Carbamatos São derivados dos ácidos carbâmicos e desenvolvidos a partir dos anos 50. Não apresentam bioacumulação no organismo e seu mecanismo de ação é semelhante aos dos fosforados, portanto, contando com a ação dos mesmos antídotos. Os principais representantes do grupo são: Propoxur, Aldicarb e Bendiocarb. Principio Ativo: é um grupo de inseticidas desenvolvido, onde o ingrediente ativo é derivado do ácido N-metil-carbônico. Classe toxicológica: As classes toxicológicas dos principais produtos técnicos: Propoxur II Bendiocarb I. Cuidados: Os carbamatos apresentam maior segurança na manipulação, pois quando surgem os primeiros sintomas de intoxicação, a dose absorvida esta longe do nível letal devido à rapidez de sua metabolização. Sintomas: Agem como inibidores enzimáticos (colinesterase). Mas, em contraste como os organofosforado, esta inibição é reversível. Este fato permite ao homem uma rápida recuperação do envenenamento acidental. Antídoto: Os sintomas de intoxicação são os mesmos indicados para os fosforados (inibição enzimática) tendo os mesmos antídotos (sulfato de atropina), mas não são usadas oximas. Uso: Amplo espectro no combate a insetos rasteiros e voadores. 7.1.Propoxur O modo de ação se dá por contato e ingestão. É utilizado principalmente por seu efeito de choque e por seu poder residual moderado. Quando em meio alcalino, o inseticida decompõe-se. Apresenta toxidade moderada e é tóxico para as abelhas. As pragas combatidas são as baratas e pulgas. As formulações encontradas são os concentrados emulsionáveis, pó seco e aerossóis. 7.2.Carbaril O modo de ação se dá por contato e ingestão. É pouco utilizado devido ao seu curto poder residual e altas doses necessárias. Em meio alcalino é rapidamente hidrolisado e, em consequência, perde seu efeito inseticida. É menos tóxico que os outros carbamatos sendo considerado pouco tóxico. Não se acumula no organismo, sendo excretado pela urina. É tóxico para as abelhas. As pragas combatidas são as baratas, piolhos, pulgas, formas jovens de carrapatos, ácaros em cachorros. As moscas são um pouco tolerantes. Formulações encontradas é o pó seco. 8. Grupo químico Piretróides (Piretrinas Naturais e Piretróides Sintéticos) As piretrinas naturais são extraídas das flores do Chrysanthemum cinerariaefolium e a partir destas sintetizaram-se os piretróides sintéticos. As piretrinas naturais apresentam boas propriedades inseticidas e baixa toxidade aos mamíferos, porém apresentam baixa estabilidade no meio ambiente. Os piretróides podem ser instáveis em presença de luz (fotolábeis) como Aletrina, Resmetrina, Tetrametrina e Fenotrina e os estáveis à presença de luz, como Permetrina, Cipermetrina, Deltametrina e Lambdacialotrina. Em algumas situações ou pragas, a eficiência dos piretróides pode ser aumentada adicionando-se um sinergista como o Butóxido de Piperonila. Os piretróides são análogos sintéticos ao piretro, com melhor ação biológica, desenvolvidos e lançados no mercado na década de 70. Algumas formulações possuem poder de desalojar os insetos. São altamente eficientes para baratas e fulmigantes para as moscas e mosquitos. Possuem, muitas vezes, curto poder residual. São indicados para ambientes que requeiram critério e cuidado na aplicação. Mecanismos de ação: agem no sistema nervoso, com interferência na bomba de sódio. São substâncias hidrossolúveis, extremamente tóxicas aos insetos e peixes, apresentando baixa toxidade aos mamíferos embora altamente irritantes para a mucosa e vias aéreas superiores. Geralmente, apresentam boa ação de choque e baixo poder residual. Todavia, as populações de insetos submetidos às aplicações contínuas dessas substâncias apresentam resistência após três a cinco anos de uso. Classe toxicológica: as classes toxicológicas dos principais produtos técnicos são as seguintes Cipermetrina II, Deltametrina III, Permetrina III e CyfiuthrinII. Toxidade: as piretrinas naturais, bem como os piretróides sintéticos, não se acumulam nos tecidos dos organismos, sendo prontamente metabolizados e eliminados nos animais. Apresentam ação tóxica para o homem somente no caso de ingestão, pois se ingerida acidentalmente quantidade significante de piretrinas, aparecem irritabilidade, incoordenação, paralisia muscular. Cuidados: os piretroides são substâncias irritantes e alérgicas, podendo desenvolver casos de asma e bronquite em crianças. É indispensável o uso de máscaras protetoras, óculos e luvas. Sintomas: o seu modo de ação é menos conhecido do que o de qualquer outro grupo de compostos. Nos insetos, os efeitos característicos de paralisia e sua rapidez indicam claramente que agem no sistema nervoso central. Antídoto: para o tratamento, são indicados os anti-histamínicos, no caso de reações alérgicas, e pentobarbital, no caso de ingestão. Uso: muito eficiente no combate de insetos em geral, sendo bastante seguro aos animais de sangue quente, em virtude de sua degradação matabólica. Piretróides de primeira geração Os piretróides de primeira geração não possuem uma ação tão rápida quanto à piretrina natural, mas tendem a ser menos irritantes que a piretrina natural. 8.1. Aletrina É um dos primeiros piretróides sintéticos, e é similar à piretrina em termos de toxidade, porém produtos sinergistas possuem efeito menor que na piretrina. É eficiente em moscas domésticas e menos eficiente contra baratas. É utilizado no controle de moscas e mosquitos. 8.2. Bioaletrina É também conhecida como d-trans-aletrina, sendo eficiente contra insetos rasteiros e voadores. É utilizada em aerossóis de uso doméstico, sendo normalmente sinergizada com Butóxido de Piperonila. Seu isômero S-Bioaletrina produz um efeito knock-down e desalojante superior. 8.3. Resmetrina A Resmetrina é 20 vezes mais tóxica para moscas do que a piretrina natural, e é eficiente no controle de insetos rasteiros, sendo que apresenta um efeito mais lento que as piretrinas naturais. É menos tóxica para mamíferos que as piretrinas naturais. A Resmetrina não é significativamente sinergizada e frequentemente é usada sozinha nas formulações. 8.4.Tetrametrina Possui um bom efeito knock-down em moscas, mosquitos e outros insetos voadores, sendo usado principalmente no controle de pragas urbanas dentro de residências. As formulações encontradas são; aerossóis, espirais, aparelhos elétricos e aplicações espaciais. Pode ser misturado com outros inseticidas para aumentar o efeito knock-down, sendo que pode ser sinergizado com Butóxido de piperonila. Não é efetivo contra baratas. Piretróides de segunda geração ou de última geração Atuam no sistema nervoso do inseto, sendo um inseticida de ação de contato, ingestão e com propriedades repelentes, Têm um bom efeito knock-down e longa atividade residual que dependem da aplicação e formulação do produto. Não são voláteis, portanto, não apresentam liberação de gases. São prontamente degradados no meio ambiente, na água são rapidamente absorvidos e degradados a produtos menos tóxicos. São tóxicos a peixes e abelhas e podem causar irritação na pele. Antídotos são tratamentos sintomáticos e antí-histamínico. 8.5. Permetrina Foi o primeiro piretróide de segunda geração, sendo que apresenta um largo espectro de ação no controle de insetos rasteiros e voadores. Apresenta uma ação de contato rápida e moderado efeito residual. Possui baixa toxidade para mamíferos e pássaros. A permetrina pode ser utilizada no controle de ectoparasitos de pequenos animais na forma de xampu, sabonete, loção e pulverização. Pode também ser utilizado como repelente para mosquitos na impregnação de roupas, mosquiteiros ou cortinas no controle da malária. 8.6. Cipermetrina É utilizada no controle de pragas urbanas, como baratas e ectoparasitos animais, sendo relativamente estável na presença de luz. Apresentam uma baixa pressão de vapor e baixa solubilidade em água, porém é solúvel em solventes orgânicos. É encontrada na forma de concentrado emulsionável e pó molhável. No controle de ectoparasitas apresenta as formulações concentrado emulsionável e pour on. 8.7. Deltametrina É utilizada no controle de pragas urbanas, vetores em saúde pública e ectoparasitos de animais. A deltametrina é insolúvel em água, mas solúvel em solventes orgânicos, sendo estável à luz, mas instável a materiais alcalinos. Pode ser encontrada em forma de concentrado emulsionável, suspensão concentrada (SC), ultra baixo volume e pó seco. No controle de ectoparasitas apresenta as formulações concentrado emulsionável, pour On, pó seco e suspensão concentrada. 8.8. Lambdacialotrina Piretróide sintetizado a partir da cialotrina em que foram isolados os isômeros mais ativos dessa molécula. É um inseticida de ação estomacal e de contato, mostrando uma atividade adulticida, ovicida e larvicida. Controla um largo espectro de pragas no controle de vetores da dengue, malária e leishmaniose e outros insetos e artrópodes como barbeiro, baratas, moscas, pulgas, aranhas e escorpiões. As formulações encontradas são; concentrado emulsionável, pó molhável, pastilha solúvel, ultra baixo volume e microencapsulados, sendo usado na forma de pulverização residual, espacial (UBV ou FOG) e na impregnação de ráfias e mosquiteiros. No controle de ectoparasitas em animais apresentam-se nas formulações concentrado emulsionável, Pour On e brinco impregnado. 9. Grupo químico Fumigantes: São proibidos para o uso domissanitário. Princípio Ativo: Fosfina e brometo de metila. Classe toxicológica: As classes são: Brometo de metila I (em processo de retirada do mercado) e Fosfina I. Toxidade: Causa comprometimento hepático e renal. Pode provocar edema pulmonar, insuficiência circulatória e perturbações nervosas. Cuidados; A inalação pode ser fatal ou provocar lesões pulmonares permanentes. Em caso de exposição, encaminhar o acidentado a um hospital. Líquidos e vapores extremamente perigosos. Utilizar aparelhos de proteção respiratória sempre que as concentrações de fosfina excederem o limite permitido ou quando a concentração for desconhecida. As máscaras de proteção respiratória, com filtros próprios devem ser usadas quando a concentração atingir 15 ppm, Acima, usar aparelho de respiração autônomo. Sintomas: Os sintomas de intoxicação dependem do fumigante utilizado. Para o brometo de metila, apresentam: cianose, cefaléia, náuseas, vômito, vertigens, confusão mental, incoordenação dos movimentos, edema pulmonar agudo, bronco-espasmo, convulsões, uremia, irritação cutânea e vesicular. No caso da fosfina, os sintomas são: Primeiro: fadiga, sonolência e tremores. Segundo: odores gástricos, vômitos, diarréia, cefaléia, e hipotensão arterial. Terceiro: edema pulmonar e estado de choque. Antídoto: para tratamento por intoxicação por brometo de metila, indicam-se: soro glicosado e narcótico. Se os vômitos não cederem manter o paciente aquecido e em repouso e medicado exclusivamente por médicos. Por intoxicação por fosfina: o tratamento deve ser sintomático. Uso: São gases de grande poder inseticida que agem sobre todos os estágios de desenvolvimento das pragas em produtos armazenados, matando ovos, larvas, pupas e insetos adultos. Inseticidas de Terceira geração 10. Inseticidas Biológicos O controle biológico consiste na ação de inimigos naturais (parasitos, predadores e patógenos) na manutenção de densidade baixa de determinada população. O controle biológico pode ser natural, ocorrendo sem a intervenção do homem, ou aplicado, quando o homem introduz inimigos naturais com a finalidade de controlar determinada praga. Sendo assim, a utilização de predadores, parasitóides ou agentes de controle microbiano (fungos, bactérias, vírus, protozoários) ainda continua uma alternativa viável e segura, desde que acompanhada de estudos básicos e técnicas que permitam a sua utilização de maneira eficiente É necessário ressaltar que a possibilidade do uso do controle biológico prevê a realização de testes de toxidade ainda não bem definidos por uma legislação pertinente, bem como o manuseio correto, com equipamentos seguro, a despeito de ser um produto biológico. As duas espécies mais estudas são Bacillus thuringiensis israelensis e Bacillus sphaericus, que possuem elevadas propriedades larvicidas. Ambas produzem endotoxinas protéticas, as quais. quando ingeridas pelas larvas, atacam e destroem o epitélio do estômago, levando-as à morte. Esses produtos estão apresentando um crescimento na sua adoção em programas de controle devido a suas baixas toxicidade e especificidade no controle. 10.1. Bacillus thuringiensis israelensis (Bti). São seletivo às espécies-alvo, sendo efetivo no controle de Aedes, Anopheles, Culex e Simulídeos (Borrachudos). Sua eficiência está ligada à endotoxina delta, que causa a destruição do epitélio do intestino médio depois da ingestão pela larva. Sua ação é rápida dando um controle efetivo em larvas em menos de 24 horas. Não há resistência comprovada ao Bacillus thuringiensis, sendo que os primeiros instantes (fases) são mais susceptíveis. Sua persistência na água dependerá da dosagem, da densidade populacional, qualidade da água e do ambiente, sendo que seu efeito residual é considerado baixo: 7 a 14 dias. A engenharia genética desenvolveu certas cepas que produzem os cristais protéicos contêm a delta-endotoxina, forma ativa do Bti, sem haver a necessidade de ocorrer à esporulação. Dessa forma, há a presença de um maior número de cristais por unidade de volume, aumentando a potência do produto; são as chamadas cepas esporogênicas, como é o caso do Teknar. 10.2. Bacillus sphaericus (Bs) Mostra-se eficaz principalmente no controle de larvas de Culex. A atividade larvicida está contida nos esporos, sendo que os primeiros e segundos estádios larvais parecem ser os mais suscetíveis e morrerem mais cedo; nos estádios mais adiantados, o efeito tóxico só ocorre mais tarde, o que requer uma observação dos resultados após 48 horas. Estudos de campo demonstram que são necessárias altas doses do produto comercial para obter altos níveis de controle de espécies suscetíveis. Sua atividade é reduzida em criadouros com grande quantidade de material em suspensão, pois há um aumento na qualidade de alimento disponível para as larvas, reduzindo a mortalidade a uma dose específica, sendo que o material alimentar em suspensão atua como um competidor para a bactéria. 11. Ferormônios O princípio dos ferormônios utiliza a simulação da atração das espécies para o acasalamento. A aplicação adequada desses produtos sintéticos faz com que os machos ou fêmeas das espécies controladas fiquem desorientados, não conseguindo assim localizar o par oposto, evitando o acasalamento e reduzindo a população da praga. Não apresentam problemas de ordem toxicológica nas condições de uso, devendo-se apenas adotar as recomendações de segurança e proteção usuais. Inseticidas de Quarta geração 12. Reguladores de Crescimento de Insetos (IGR) Os reguladores de crescimento são conhecidos internacionalmente com IGR (Insect Growth Regulators). Os reguladores de crescimento de insetos não são propriamente inseticidas. Na verdade, estes compostos agem interferindo no processo normal de crescimento das fases dos insetos. Se um inseto ainda imaturo entrar em contato com um IGR, ele não sofrera a próxima muda, isto é não mudará a próxima fase. Não crescerá e não chegando a fase adulta passara o resto da vida naquela forma. Sendo incapaz de reproduzir, não gerará descendente e a população tenderá a decrescer até a sua extinção. Os IGR geralmente são de baixa toxidade para mamíferos e são praticamente específicos contra artrópodes. Alguns imitam os hormônios juvenis dos insetos, sendo, por isso, denominado juvenóides. Outro grupo, dentre estes modernos compostos são chamados inbidores de quitina, ou IGI (Insect Growth Inibitors) ou inibidores de crescimento, porque impedem o desenvolvimento normal da cutícula dos insetos. Isso interfere na sua ação muscular ou provoca desidratação. Levando-o à morte. Reguladores de crescimento: interferem no desenvolvimento do ciclo dos insetos, impedindo a formação de uma determinada fase, como por exemplo, na formação de quitina (exoesqueleto). São compostos recentes no mercado, com cerca de quinze anos de uso em instalações veterinárias, atualmente utilizados nas clínicas de pequenos animais. Apresentam baixíssima toxidade aos mamíferos, sem ação acumulativa. Os reguladores de crescimento dos insetos interferem nos processos bioquímicos e fisiológicos específicos de artrópodes, por exemplo, na ecdise e formação do exoesqueleto de quitina, sendo, portanto mais seletivos aos insetos. Esses produtos são compostos basicamente dos Hormônios Juvenis Análogos (JHAs) ou Neotenina e os Inibidores da Síntese de Quitina. 12.1. Juvenóides (JHA) ou Neotenina O modo primário de ação de um hormônio juvenóide é prolongar os estágios larvais e de ninfas, sendo que seu desenvolvimento não é normal e ocorre o desenvolvimento de adultos estéreis. Essa ação irá impedir o crescimento e haverá redução gradual da população de insetos. Esse modo de ação é muito desejado no controle de pulgas, moscas e mosquitos, cujas fases larvais não causam prejuízos. Os juvenóides são normalmente utilizados em associação com um inseticida convencional, atingindo dessa forma todos os estágios de desenvolvimento da praga. 12.2. Metroprene Esse foi o primeiro regulador de crescimento de insetos para o controle larval de mosquitos. Possui uma rápida degradação na água e em presença de luz, limitando seu uso.Os mosquitos que estão no estádio adulto e pupas não são afetados pelo Metroprene. O Metroprene possui uma persistência maior em áreas internas e pode ser usado no controle de pulgas, prolongando seu estádio larval e inibindo a formação da pupa. Pode ser utilizado também em iscas para o controle de formigas caseiras. 12.3. Hidroprene É utilizado em programas de controle de baratas, nas quais as ninfas tratadas não são capazes de se reproduzir e as formas adultas irão apresentar as asas deformadas. Hidroprene não afeta as baratas adultas e as ninfas em estádios iniciais. A população de baratas irá reduzir-se-á naturalmente, sendo para um efeito mais rápido deve-se associar um inseticida convencional. 12.4. Piriproxifen Piriproxifen é um IGR de alta estabilidade, possuindo um longo efeito residual no ambiente é recomendado no controle de insetos resistentes a outros grupos químicos. O Piriproxifen é utilizado no controle de mosquitos e moscas, inibindo seu ciclo de vida no estádio pupal. Quando aplicado, as larvas irão se desenvolver até o estádio de pupa, mas não se tornarão adultas. Baratas fêmeas tratadas com Piriproxifen sofrem esterilidade nos ovários durante seu desenvolvimento e as ootecas caem imaturas (mortas), e se estiverem normais, as ninfas não eclodirão. As ninfas tratadas demonstram um desenvolvimento anormal (adultóides) e uma dificuldade de se locomover e podem morrer durante a ecdise, oferecendo uma redução gradual da população de baratas; caso seja necessário, pode-se usar um inseticida de ação mais rápida durante o tratamento do Hormônio de crescimento. Piriproxifen é eficiente também no controle de pulgas, controlando as pupas antes de eclodirem os ovos, interrompendo a metamorfose dos estádios larvais. Nesse caso, também podemos adicionar um inseticida adulticida para o controle das formas adultas das pulgas. 12.5. Inibidores da Síntese de Quitina dos Insetos Outro tipo de regulador de crescimento dos insetos é o que inibe a formação do exoesqueleto quitinoso dos insetos, produzindo uma lesão no momento da muda, pupação ou ecdise. O mais conhecido desses compostos é o diflubenzuron. Esse composto aparentemente inibe a ação da enzima sintetaze quitina, que polimeriza a uridina-difisfato-acetilglucosamina em quitina. Ela também apresenta um efeito específico no desenvolvimento dos ovos dos insetos. O inibidor de quitina, antes de interromper o desenvolvimento reprodutivo do inseto, inibe sua capacidade de realizar as mudas, ou seja, desprender a pele velha e reproduzir uma nova, passando para um novo estádio de desenvolvimento. Os inibidores de quitina afetam a produção química interna necessária para o inseto produzir uma nova pele; assim, o inseto morre pela incapacidade de gerar uma nova cutícula adequadamente. 13. Formulações Os ingredientes ativos dos inseticidas são apresentados em diferentes formulações, que dão ao agente algumas características de especialidade; tipo de ação contra insetos, medidas de segurança quanto à manipulação e aplicação dos produtos e outros aspectos. A decisão sobre o tipo de formulação que iremos utilizar depende da situação, praga, forma de aplicação, equipamento de pulverização, toxicologia, eficiência, registro para o uso, entre outros. O sucesso do emprego de qualquer inseticida depende sobre tudo da sua formulação na preparação de maneira que possa ser aplicada para o controle de pragas de uma forma segura tanto para o aplicador, quanto para as espécies não alvo e para o meio ambiente. Um inseticida normalmente não é utilizado da forma que foi sintetizado. Assim, temos as formulações comerciais e não comerciais. 13.1. Formulações não comerciais Não são comercializadas normalmente, e são em geral produtos técnicos ou puros, necessitando de técnicas e equipamentos especializados para sua utilização ou diluição. 13.1.1. Produtos técnicos ou grau técnico São os inseticidas normalmente manipulados pelas indústrias na produção de outras formulações menos concentradas, como os aerossóis e fórmulas inseticidas concentradas para diluição em água. 13.1.2. Padrão Analítico Estes são utilizados para o controle de qualidade das preparações formuladas, utilizadas para confirmação das especificações pelo fabricante, ou para a fiscalização por órgãos governamentais. 13.1.3. Pó seco concentrado São obtidos pela diluição de inseticida técnico em pó inerte, sendo este usado em pequena quantidade. O pó seco concentrado deve se diluído em outro inerte antes de ser usado. 13.2. Formulações Comerciais O ingrediente ativo deve ser convenientemente diluído em determinados adjuvantes, como solventes, agentes molhantes, aderentes, emulsificantes, dispersantes, talcos, grânulos, entre outros, para que a formulação se apresente pronta para uso ou concentrada para diluição. Tipos de formulações comerciais: 13.2.1 Pó seco ( PS ou Dustable Power-DP ) São Fo.rmulações prontas para uso. Composta pela mistura do ingrediente ativo e pós finos, pronto para uso através de polvilhamento. Apresenta baixa concentração de ingredientes ativos, entre 0,5 e 10%. São as formulações mais indicadas atualmente para o controle de insetos e artrópodes em instalações elétricas. As propriedades dos veículos determinam a qualidade do pó, sendo que esses veículos geralmente são pós orgânicos de cereais, enxofre, talco, gipso, bentonita, caulim, etc. O tamanho das partículas é de fundamental importância, quanto menor for a partícula de ingrediente ativo, maior será a superfície coberta, em igualdade de pesos, sobre a superfície. 13.2.2. Pó molhável (PM e Wettable Power WP) São semelhantes aos pós secos, porém liberando o ingrediente ativo somente em presença de umidade, contendo agentes umectantes e dispersantes, proporcionando sua diluição em água e constituindo uma suspensão. O ingrediente ativo é incorporado a partículas de um pó fino, que pode ser sílica, argila, diatomáceas, etc., muito parecido com o pó seco, são mais concentrados ( 5% a 95% de ingredientes ativos). Os pós molháveis não se dissolvem na água, apenas formam uma suspensão que é menos estável que a emulsão, é aconselhável a agitação, e se for de pouca qualidade pode precipitar e depositar no fundo do pulverizador. Nesta formulação, o produto ativo e protegido em grande parte da ação de fatores externos químicos e físicos lhe conferindo ação residual mais longa. 13.2.2.1 Saquinhos Hidrossolúveis Os produtos pó molháveis podem ser embalados em saquinhos hidrossolúveis, que se dissolvem em contato com a água. Este tipo de embalagem evita o contato e a possível inalação do produto. 13.2.3 Pó Solúvel (PS) É um tipo de formulação que usa ingredientes ativos que são solúveis em água, sob forma moída ou em pequenos cristais. Poucos inseticidas podem receber esse tipo de formulação, é considera a forma ideal para aplicação por se tratar de uma mistura perfeita. Podemos citar como exemplo os inseticidas sistêmicos, que precisam ser solúveis para penetrarem nas plantas, alguns não sistêmicos, mas solúveis como o Cartap, Metomil e Triclorfon. 13.2.4. Granulados ( G ou Granule GR) Neste forma, por serem mais pesados são recomendados para uso no solo, a lanço ou em sulco de plantio, direcionando o inseticida evitando a deriva. Neste caso a deriva é mais grave, pois essa formulação é própria para inseticidas mais perigosos. Para pragas urbanas, essa formulação é empregada na forma de iscas. Vários são os veículos sólidos representados por resíduos vegetais, como bagaço de laranja para formigas cortadeiras e farelos para grilos ou paquinhas. São utilizados no controle de larvas de mosquitos ou outras pragas aquáticas, aplicados diretamente na água, e no controle de insetos rasteiros ao redor dos edifícios. 13.2.5. Concentrados emulsionáveis, emulsão concentrada ou emulsões e dispersão aquosa. Os concentrados emulsionáveis (CE) os ingredientes ativos da solução é dissolvido em um ou mais compostos orgânicos insolúveis em água. Estas formulações podem ser diluídas em água, em solventes orgânicos, a calda pode ser pulverizada, nebulizada, infiltrada ou pincelada. Ao se misturar em água, formam a emulsão de aspecto leitoso. Algumas vantagens das formulações líquidas podem ser destacadas como alta concentração de ingrediente ativo, sendo conveniente para armazenamento e transportes; são de fácil mistura, não sedimentam, não causam entupimento nos bicos de pulverização e não são corrosivos para o equipamento de aplicação. Já as desvantagens estão relacionadas ao fato de algumas formulações poderem ser fitotóxicas, devido à alta concentração de ingrediente ativo e solventes presentes. Os aplicadores devem proteger-se contra a absorção cutânea do produto, bem como dos vapores desprendidos. Os componentes do equipamento podem ser danificados por ação de alguns solventes, exceto se forem neoprene. Ação volátil dos solventes e ingredientes ativo pode provocar exarcebação do odor. A emulsão concentrada recebe a sigla de EC e difere da primeira por já ser uma emulsão concentrada, sendo que a primeira é um concentrado que será emulsificado. A emulsão recebe a sigla E. Os solventes são derivados do petróleo. Em geral as formulações líquidas são mais eficientes que as sólidas porque suas gotas aderem melhor as superfícies, sendo menos lavadas. No caso das dispersões aquosas, o ingrediente ativo esta disperso na água, também na forma concentrada e sua sigla é Dqr. Estas formulações são mais concentradas e sempre usadas em diluição na água. 13.2.6. Micro-emulsão aquosa (EW) É uma emulsão aquosa, como a EW, porém com um tamanho de gota muito menor, criando formulações mais translúcidas. 13.2.7. Soluções microencapsuladas (CS, MICROCAP, ME) O ingrediente ativo está encapsulado microscopicamente dentro de um polímero que se degrada vagarosamente após aplicação, liberando o princípio ativo. Apresenta grande poder residual e diminuição da exposição ao meio ambiente, devido à liberação lenta do ingrediente ativo, protegido pelo polímero. Possui também baixa toxidade para mamíferos, baixíssimo odor e excelente ação em superfícies lisas, até mesmo em azulejos e aço inoxidável. Sua ação processa-se por contato e ingestão. Quando o inseto encontra-se com as cápsulas estas ficam aderida ao corpo do inseto, sendo liberada direta e constantemente no inseto. Também alguns insetos como baratas e moscas possuem o habito de se lamber, desta forma as cápsulas são ingeridas e se rompem no estômago. 13.2.8. Soluções aquosas (SA) Ingrediente ativo em baixa concentração, diluído em água, pronto para o uso. Não necessitam de diluição, redução na operação de manipulação. Como desvantagem apresenta maior carga de transporte e maior ocupação de espaço de armazenagem, podem ter ação danosa no equipamento, contém baixa concentração de ingrediente ativo. 13.2.9. Soluções concentradas (sc) Também denominados de "flowable", são partículas sólidas extremamente finas formando líquido espesso para diluição em água e obtenção de suspensão, são utilizados em pulverização, nebulização e pincelamento. Para áreas urbanas são muito empregadas aplicações em UBV (ultra baixo volume) e isso se consegue diluindo-se inseticidas em óleo mineral ou vegetal e através de aparelhos especiais denominados atomizadores. Poucos são os inseticidas que podem receber esse tipo de tratamento, porque são aplicados em alta concentração e por isso precisam ser pouco tóxicos. O volume a ser aplicado em áreas urbanas gira ao redor de 5litros/há. 13.2.10. Aerossóis Soluções de baixa concentração, aplicados através de embalagens pressurizadas, pulverizadores e nebulizadores. Permitem um alcance em frestas e rachaduras, mas por outro lado apresentam um maior risco de inalação e exposição à névoa. 13.2.11. Suspensão líquida As partículas ficam suspensas no meio líquido que podem ser a água ou uma emulsão de óleo e água sendo representada pela sigla F, se o veiculo dispersante é a água ela é chamada de flowable. Se o veiculo dispersante da formulação é o óleo, ela passa a ser denominada uma suspensão oleosa. 13.2.12. Pastilhas inseticidas São formulações especiais em que o inseticida em forma de pastilha dissolve-se na água, formando uma suspensão. Estas pastilhas dissolvem-se rapidamente, são persistentes na superfície na superfície porosa e não possuem solventes. 13.2.13. Iscas inseticidas São baseadas na combinação de um inseticida com um alimento ou uma substancia atrativa. A quantidade de ingrediente ativo nestas iscas geralmente são muito pequenas, sendo normalmente menor que 5%. As iscas podem ser oferecidas na forma de péletes, granulado, pasta, liquido e gel. Este produto deve ser aplicado em quantias pequenas em numerosos pontos estratégicos de acordo com a praga-alvo. 13.2.14. Gasosos Alguns inseticidas possuem ação fumigante e são aproveitados para atingir as pragas. Nesse caso, o ambiente deve ser restrito para evitar que os gases se dissipem. Um inseticida muito empregado nessa área é o DDVP. 13.2.15. Pasta O ingrediente ativo do inseticida pode ser misturado com gel ou outros produtos inertes e geralmente é embalado em bisnaga. É comum encontrar-se no mercado, formicidas e baraticidas na forma de gel. 14. Adjuvantes Solventes ou emulsificantes permitem que produtos à base de petróleo ou solventes orgânicos (concentrado emulsionável) misturem-se a água. Emulsificante de imersão possibilitam que inseticidas à base de água misturem-se com produtos à base de petróleo ou solventes orgânicos. Agentes molhantes permitem que os pós molháveis misturem-se com água e fiquem aderidos a superfície. Adesivos ou aderentes possibilitam que o produto fique aderido à superfície aplicada. Espessantes reduzem a deriva durante a aplicação por aumentar o tamanho da gota. Agente de Compatibilidade permitem a combinação de diferentes inseticidas eficientemente. Dispersantes ou espalhantes permitem que o produto quebre a tensão superficial do líquido e espalhem-se uniformemente sobre a superfície aplicada. Buffers permitem a mistura de inseticida com diferentes pHs. Antiespumante reduz a espuma da mistura inseticida. O produto final obtido é a forma encontrada no comercio. Essa formulação, então, pode ser diluída em água, e aplicada normalmente. 15. Sinergismo Diz-se que uma substância é um sinergista quando ela aumenta a capacidade tóxica do inseticida. No grupo dos piretróides é comum o uso do butóxido de piperonila para este fim. O óleo de gergilim também e usado como sinergista. 16. Cuidados ao manusear Produtos Inseticidas Cuidados Especiais com o uso de inseticidas de qualquer tipo, mesmo os chamados caseiros ou de uso domésticos, ou seja, aqueles que podem ser aplicados por qualquer pessoa, dispensando-se um profissional devidamente trinado e licenciado. Tomando os cuidados que seguem abaixo, evitaremos intoxicação nas pessoas que sofrem de alguma doença respiratória ou alérgica. Cuidado especial ao manipular produtos químicos ou inseticidas: Use sempre roupas com mangas compridas, máscaras, bonés, luvas, óculos e calça fechados; Certifique se os produtos utilizados são apropriados para o uso doméstico e não profissional; Lembre-se: sua saúde e de sua família são os seus bens maiores, cuide-se ao usar inseticidas; Sempre que estiver trabalhando com praguicidas, por se tratar de substâncias químicas que podem ser prejudiciais ao homem e aos animais do ambiente domésticos, é imprescindível o uso de equipamentos especiais, como roupa e aventais, óculos de proteção, máscaras respiratórias, bonés e, o mais importante, luvas de borracha para evitar o contato durante a manipulação. Nunca subestime os produtos químicos de qualquer tipo, mesmo os chamados detergente, cloros, água sanitária, desinfetantes, álcool líquido ou em gel, removedores, gasolina, óleo diesel, soda cáustica etc. Todos podem oferecer risco à sua saúde e à de seus familiares, bem como a os animais domésticos; Nunca peça a uma pessoa com problemas alérgicos ou a gestantes que realizem aplicações com qualquer produto químico (ex. cloro puro, água sanitária, removedor, querosene, ou os inseticidas). Também nunca requisite pessoas com esses problemas para realizar limpeza em sua residência, logo após o uso de inseticidas. Elas poderão reagir mal; Nunca fique em áreas com janelas e portas fechadas. Ao usar qualquer produto químico o local bem arejado é importante; Ler com atenção o rótulo da embalagem. Verificar como o produto deve ser aplicado e os cuidados a serem tomados. Muitos produtos não devem ser deixados expostos ao ambiente na presença de crianças e animais, por isso atenção às instruções; Quando trabalhar no jardim e utilizar algum produto químico, pulverize o produto em direção ao vento, pois se isto for feito contra o vento, corre-se o risco de inalar o produto, ou tê-lo em contato com a pele. Algumas áreas do corpo são mais permeáveis a produtos químicos, como por exemplo, o couro cabeludo; Se utilizar inseticidas em spray, sair do ambiente por um tempo para evitar a inalação do produto; Caso haja suspeita de intoxicações, deve-se procurar imediatamente um posto de saúde ou Centro de Intoxicações, levar a embalagem do produto para que o médico possa medicar corretamente o acidentado. Dúvidas frequentes Por que não é aconselhável ingerir leite para evitar intoxicação? Não se deve tomar leite porque se a intoxicação foi por via digestiva a gordura do leite facilita a absorção do produto pela mucosa intestinal. Todo o inseticida orgânico tem afinidade por gordura. No passado o uso de inseticida inorgânico como o arsênico e outros eram recomendados o uso de leite para formar uma malha no estômago devido à coagulação do leite e retardar a absorção. Não existe um produto de uso geral para prevenir as intoxicações. Após o trabalho com esses produtos o ideal é tomar um banho com bastante água e sabão, pois o maior número de intoxicações ocorre por via dérmica. 17. Métodos de Aplicação de inseticidas 17.1. Pulverização Consiste aplicar caldas inseticidas através de equipamentos de pressão com bombeamento constante ou pressurizado, que promovem o fracionamento do líquido em gotas que variam de tamanho em micrõmetros, de dezenas até centenas, na dependência da unidade geradora. Este processo é basicamente utilizado no combate a insetos rasteiros para aplicação em frestas e cavidades. É um processo importante quando estamos desinsetizando baratas. Na correta utilização de pulverizadores, alguns pontos deverão ser observados: pressão, caminhamento, tipo de bico e distância entre o bico e á superfície tratada. A pressão influencia diretamente no tamanho da gota, por sua vez, no período residual da molécula, por manter maior ou menor volume de princípio ativo, quando mantida constante a velocidade de aplicação. Cuidados com o não escorrimento da calda, ocasionado pelo excesso de produto aplicado e a manutenção de passos na ordem de 40 m por minuto são fatores básicos para uma boa aplicação, porque velocidades altas causariam sub-dosagens e baixa eficiência, e velocidades baixas representam altas dosagens e consequentemente aumento residual. A distância correta entre o bico e a superfície a ser aplicada pode variar entre 60 cm e 1m, sendo determinada pelo tipo de bico utilizado. Os bicos leques são mais comuns e são recomendados para pulverização de superfície. A pulverização não deve ser utilizada em equipamentos elétricos e fiações. com risco de danos e ou, curtos-circuitos. 17.2. Pincelamento Esse processo permite a aplicação localizada de calda inseticida, proporcionando o contato imediato do agente com a superfície, sem gerar fracionamento da calda e assim reduzindo ao mínimo a suspensão do produto no ambiente. Essa aplicação é realizada utilizando-se vassouras de pêlo, pincéis, trinchas, brochas. 17.3. Iscagem Aplicação de gel ou iscas atrativas, colantes em pontos isolados ou estratégicos, de passagem ou esconderijo de pragas em geral. A iscagem ´pode ser feita contra insetos e roedores. A iscagem serve para identificar e controlar a praga infestante. Aplicação de gel É a aplicação de gel em pequenas gotas. Esse tipo de aplicação é muito utilizado em áreas de UTI (hospitais), áreas alimentícias em que as pessoas não possam desocupar, supermercados etc. Existem vantagens da utilização do gel nas áreas descritas, em relação aos produtos líquidos. As principais vantagens são: não é necessário desocupar o local para controlar as pragas, não existe risco de contato entre as pessoas e o produto utilizado. o produto age logo após o início da aplicação, em até sete dias toda a colônia de baratas foi atingida com o produto. Os produtos em forma de gel são recomendados para controle de Blatella germanica. Colocação de isca adesiva Fundamenta-se na colocação de iscas adesivas em pontos estratégicos para controle de pragas. As iscas adesivas servem para prender um determinado tipo de praga. Geralmente, são utilizadas para insetos voadores, baratas e ratos. Além do controle das pragas, servem para monitorar a espécie infestante e o nível de infestação. Geralmente, são colocadas em possíveis pontos estratégicos ou próximos aos focos, embaixo de geladeiras, atrás de armários etc. 17.4. Polvilhamento Consiste na aplicação de pós secos através de polvilhadeiras, ou da própria embalagem do inseticida para controlar a praga, devendo ser realizada ao abrigo de correntes de vento. A polvilhação nada mais é do que cobrir salpicar de pó com polvilhadeira. O pó aplicado percorre quase toda a área interna do local tratado, eliminando as pragas existentes e deixando bastante produto fixado nas superfícies internas, fato que possibilita um bom e longo efeito residual. Essa aplicação é muito utilizada para tratamento contra baratas em motores elétricos, rede de esgoto, embaixo de pias em refeitórios industriais e residências e contra cupins em redes elétricas, de telefonia e caixões perdidos, entre outras aplicações. 17.5. Atomização ou nebulização Consiste, como método de controle de pragas, na aplicação de calda inseticida ou desinfestantes e, ou antissépticos, através de aparelho atomizador que promove o fracionamento das gotas em finas partículas, que permanecem por período variáveis em suspensão no ambiente. A atomização apresenta algumas vantagens distintas em relação aos demais métodos de aplicação de produtos líquidos para controle de pragas, como: pelo fracionamento da gota e a pressão que o equipamento proporciona, pode-se alcançar locais de difícil acesso; alguns equipamentos possuem pressão suficientes para aplicar o produto a uma distância de até 25 metros. Essa performance possibilita o tratamento e aplicação em árvores, paredes de fábricas, rede de esgoto etc. Em função do fracionamento das gotas, existe uma economia do produto e pode-se fazer a aplicação em grandes áreas, sem utilizar grandes quantidades de produto. 17.6. Termonebulização É a aplicação térmica de calda inseticida, onde os diluentes utilizados são substâncias oleosas. As finíssimas partículas formam densas nuvens com inseticidas em suspensão. Esta aplicação não oferece nenhuma ação residual. 17.7. Barreira química Baseia-se na aplicação no solo de calda cupinicida para evitar ou controlar que cupins de outra área infestem o local tratado. Para essa técnica, são utilizados vários equipamentos: trado, furadeira, funil, pulverizador elétrico ou à gasolina, ferramentas etc.
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